quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Eu escolho ser feliz!

É interessante como a vida nos presenteia todos os dias e nem reparamos. Pare por um minuto e sinta... Os pássaros cantando ao amanhecer, aquele friozinho na hora de levantar, o sol nascendo e as estrelas se esvaindo do céu, é o dia que começou... espreguiça aqui, espreguiça lá e apesar de termos perdido a bela parte do espetáculo do raiar do dia, levantamos.
Essa é melhor parte, pois é no momento do levantar que escolhemos ter um dia feliz ou chato. Eu sempre escolho ter um dia feliz (às vezes não dá certo, mas é bom não deixar transparecer para as pessoas, afinal elas não têm nada a ver com isso).
E sabe por que eu escolho ter um dia feliz? Porque na hora da ida ao trabalho posso dizer bom dia às pessoas que passam por mim, posso conversar com as senhoras que vão sentadas ao meu lado no trajeto de ônibus (elas sempre têm algo para compartilhar). Posso conhecer melhor as pessoas, suas histórias às vezes alegres outras tristes, posso enxergar melhor também suas angústias e dores e como elas fazem para enfrentar e o mais legal de tudo é que elas sempre têm algo a acrescentar em minha vida.
Chegando ao trabalho, saúdo a todos com um sorriso e se não sou retribuído, não fico bravo, dou um sorriso ainda maior (às vezes a pessoa não enxergou... é melhor pensar assim) e ao sentar agradeço a Deus. Tem uma oração que eu aprendi na Guardinha que nunca vou esquecer: “Obrigado Deus por tantas coisas boas que o Senhor nos dá” (é uma oração que me acompanha sempre, às vezes a gente pede tanto para Deus, mas nunca agradece).
Vejo quais são as prioridades do dia e começo a trabalhar e me sinto feliz por ser útil. E quando não consigo resolver algum problema, imagino o mar e suas ondas e penso comigo mesmo, não vou me afogar e peço ajuda aos espíritos de luz, que sempre me ajudam a ficar calmo.
Sei também que além do meu trabalho posso ajudar algum colega que esteja com algum problema difícil, sinto que precisamos olhar mais para nosso próximo, às vezes só ouvir basta.
Chega a hora de almoçar e então posso conversar com as meninas do refeitório e o mais legal de tudo é que elas sempre me dão atenção. Sento com as minhas amigas (que sempre querem emagrecer, elas não são nem um pouco gordas, eu sempre falo isso pra elas, mas melhor não discordar, afinal elas são a maioria (rs)). Sinto-me triste quando as pessoas deixam comida no prato, e penso comigo mesmo será que eles nunca passaram fome? Nunca passei fome, mas sei que deve ser uma dor indescritível, sempre vejo nos noticiários crianças que sobrevivem do lixo ou comem biscoito de barro. Deveríamos ter consciência disso.
No trajeto de volta do almoço tenho a oportunidade de sentir o sol e sempre conto algo engraçado, é bom fazer as pessoas rirem.
Volto e sento à minha mesa... trabalho... trabalho... trabalho e sei que trabalhando conseguirei moldar a escada dos meus sonhos.
Finalizo minhas tarefas e outro trajeto se inicia: a vida universitária, onde aprendo o que eu gosto de fazer (isso não tem preço). Pego a Van (engraçado me lembro do meu chefe brincando comigo e me corrigindo “pega a van, mas a van é grande”... mas não achei outra palavra)  e me orgulho dos colegas que trabalham o dia inteiro e estudam a noite, quando nos esforçamos a gente dá mais valor a tudo que conquistamos.
Na ida sempre assistimos a um filme, uns fazem chorar, outros nos paralisam diante de cenas tão bem elaboradas. Há, ainda, aqueles que nos fazem rir (não há nada melhor nessa vida que assistir um bom filme) e na volta é uma ópera de roncos... é até engraçado (agora na sexta, ninguém dorme, contamos o que aconteceu na semana inteira, uma retrospectiva, sabe).
E quando chego à noite em casa, sento em minha cama e reflito sobre meu dia (confesso que quase sempre caio como uma pedra dura em cima da cama) mas quando isso não acontece verifico se não magoei ninguém e quando faço isso me sinto tão culpado que não vejo a hora de pedir desculpas, também penso no que preciso melhorar, ouvi de uma palestrante que a gente deve estar em constante reforma interior e construir cada vez mais o bem dentro de si (na verdade foram duas palestrantes, uma parte da frase é de uma a outra da outra, que confuso...).
Depois da reflexão olho para meus livros e sei que deveria ter mais tempo para eles, afinal foram eles que construíram parte de mim, quando pude mergulhar na minha imaginação e pude sentir os mais diversos sentimentos como: frio, calor, alegria, compaixão, indignação, medo e aí vai... Foi neles que encontrei o príncipe que se apaixonou pela gata borralheira, mostrando que a gente ama e pronto, independentemente de qualquer coisa, onde o menino de madeira se torna menino de verdade nos mostrando que a persistência realiza sonhos impossíveis, onde um pequeno grande príncipe nos ensina ver além...foram neles também que encontrei apoio, dizendo: acredite, você pode, arrisque, tente... grandes amigos que só me fizeram crescer.
E já quase dormindo coloco minhas músicas eruditas (lembro que quando tinha 13 anos minha mãe ficava louca para desligar). Tem gente que não gosta, mas elas me fazem tão bem, confortam e inspiram (tente ouvir e senti-las, elas transmitem paz) e isso que importa.
E a noite cai sobre a bela flor da montanha e o outro dia se inicia e escolho ser feliz de novo, só que de uma forma diferente (para não cair na rotina) com histórias novas, experiências novas, desafios a enfrentar, espírito novo e um ingrediente que nunca pode faltar: vontade de viver.

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